ZEITGEIST

terça-feira, 4 de maio de 2010

SACRIPANTA

Uma quantidade considerável de católicos abandonam sua fé e abraçam o protestantismo como novo lar espiritual. Alguns realmente mudam de vida, mantém ou adquirem uma nova postura ética, equilibrada e até exemplar. Outros, no entanto se perdem na novidade, exacerbam as vantagens da nova escolha e como o fogo de palha, com um vento mais forte facilmente se apagam.
Santa Teresa de Jesus, uma santa católica do século quinze disse com muita sabedoria em pleno apogeu do surgimento dos protestantes, “nasci católica, morrerei católica”. Compartilho da máxima da religiosa que mesmo sabendo das fraquezas da mãe igreja não a abandonou, pois pelas vias normais um filho não deveria abandonar aquela que o gerou. No caso a Igreja, pelo batismo me gerou para Cristo, isto é a minha fé, dela tenho convicção.
Neste pôst você terá as 7 afirmações mais ditas pelos protestantes. É muito provável que você já tenha ouvido algumas delas mais de uma vez.
1.
Religião não Salva
Essa afirmação é muito direccionada aos católicos, mas não só. De fato, religião enquanto conceito não salva, tampouco as seitas das quais fazem parte a maioria dos que pronunciam esta frase. Religião é o encontro do homem com Deus. O local desse encontro se dar na igreja (aqui no sentido de comunidade de fé), também dita pelos ‘irmãos’ , inepta para a salvação, mas interessante, todos tem a sua e basta crescer um pouco que se dividem em outras ramificações. O argumento a posterior parece indicar que apenas a Igreja da qual faz parte o não- crente não salva. Repito, utilizo a palavra Igreja no sentido de comunidade de fé, como em sua origem no convívio apostólico. Vejamos, Tomé não teve seu encontro com Cristo Ressuscitado enquanto estava ausente da comunidade de fé. Foi no meio daqueles irmãos que fez sua experiência de fé, seu encontro religioso.
2.
Recebi minha bênção
Vou confessar um péssimo hábito que tinha enquanto católico, assistir aos programas de uma determinada denominação religiosa madrugada afora. Os testemunhos eram basicamente nesse formato: Antes de entrar na igreja eu tinha minha vida destruída, hoje – reparem – eu tenho um carro, dobrei meu salário, tenho duas linhas telefónicas ( na época linha telefónica era artigo de luxo).
Agora nos perguntemos, que interpretação bíblica é essa que associa a bênção de Deus somente ao acumulo de bens materiais. Quer dizer que um pobre é um maldito? Bem, na interpretação vétero-testamentária a resposta é positiva. Os séculos passaram, Cristo trouxe luz à antiga aliança e ainda vemos em pleno século XXI interpretações primitivas sobre a escritura sagrada.
A bênção de Deus é um dom integral, é bem verdade que diz respeito à realidade económica do indivíduo mas não se encerra nisso. É antes de tudo uma dádiva, fruto da união integral do homem com Deus. Está para além da riqueza material, esta é apenas uma das realidades contempladas.
3.
A culpa é do cão
Conta uma historinha que certa vez o Cão estava a choramingar à beira de uma estrada. Um transeunte passou e lhe perguntou, por que choras Cão? Entre soluços respondeu: É que depois desses crentes a culpa é sempre minha. A piada é antiga e exprime o caráter demonológico trazido sobretudo pelo pentecostalismo e neo-pentecostalismo.
O indivíduo sentiu uma dor nas costas atribui-se a culpa ao encosto, não o da cadeira, mas a uma entidade demoníaca. Chega-se a absurdos como o mais recente, dito em rede de televisão por um pastor Norte americano ao declarar que o culpado pelo terremoto no Haiti era o demónio, ou a relação dos haitianos com o Vodu.
O demónio existe, bem como seus sequazes, o que não se pode é culpá-lo por situações em que os réus somos nós mesmos pelo mau usufruto de nossa liberdade e vontade. Nem tudo é culpa do diabo e não se deve chamar tanto seu nome como vemos à exaustão nos cultos transmitidos pela Tv. Até parece que seu nome é mais falado que o de Jesus. Para que dar tanto crédito a quem já está derrotado?
4.
Porque a Bíblia diz
Há duas semanas fui abordado por um jovem protestante que perguntou para mim onde estava a palavra católico na Bíblia. Não pude conter o sorriso ante aqueles olhos apreensivos que pareciam ter me encurralado como uma presa anafalbeta. Devolvi-lhe uma outra pergunta: Onde tem a palavra terminal de ônibus na Bíblia como indicação de local para a sua evangelização.
É difícil travar uma conversa amistosa com um protestante, pelo menos até hoje, conto nos dedos os que se dispõem a uma conversa sem carácter proselitista ou subtraída daquela repugnável superioridade .
A frase porque a bíblia diz é como uma antecipação solene de uma sentença proclamada pelo missionário que se exalta, fica vermelho, manuseia freneticamente a palavra para cima e para baixo. Ainda nessa ocasião com o irmão, no terminal de ónibus, contendo meus ânimos, lhe disse que eu não uso a palavra de Deus para fundamentar discussões nem para brigas. Procurava ler a Bíblia para mudar minha vida, minhas atitudes corrompidas pelo pecado e anunciava-a com amor para os que estavam aflitos e famintos de uma palavra de verdade.
Traduzindo em miúdos o evangélico tem perguntas e respostas prontas para tudo. Mais se você quer irritar um evangélico ao extremo faça a seguinte pergunta para ele:
Em qual livro da bíblia faz uma descrição da mãe de jesus (Maria).

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